O Papa Argentino no Brasil
Depois
de 12 horas de voo, chegou à base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, o Papa
Francisco, precisamente, às 15 horas e 45 minutos. Uma viagem, longa,
certamente, mas necessária, a fim de que o Romano Pontífice pudesse fazer-se
presente na XXVIII Jornada Mundial da Juventude. Na verdade, um compromisso
programado na agenda do Vaticano para o Santo Padre. Bento XVI renunciou, e
veio Francisco, por sinal, muito querido e amado pela sua simplicidade e
simpatia.
O
evento acontece desde 1984, quando o Papa João Paulo II, no Vaticano, entregou
aos jovens a Cruz que, mais tarde, tornar-se-ia um dos símbolos da Jornada, que
assumiu dimensões internacionais, promovendo encontros entre os jovens do mundo
inteiro. Para cada jornada, geralmente, existe um tema baseado na Sagrada
Escritura, o que é uma motivação para o aprofundamento da fé no meio da
juventude. Para a Jornada do Rio de Janeiro, a inspiração lapidar do texto é,
profundamente, missionária: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt
28,19). Na cerimônia de boas vindas, o Papa Francisco destacou: “O motivo principal da minha
presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a
Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o
mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem
agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu
potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’”.
E prosseguiu: “Estes jovens provêm dos diversos
continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e,
todavia, em Cristo, encontram as respostas para suas mais altas e comuns
aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os
irmanem para além de toda diversidade. Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia
alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens
quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo ‘bota fé’ nos
jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”.
Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de
irmãos. Também os jovens ‘botam fé’ em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a
única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos”.
Desejamos
que o Santo Padre tenha se sentido à vontade no meio dos brasileiros, de tantos
jovens vindos do mundo inteiro, para a Jornada Mundial da Juventude, inclusive,
muitos conterrâneos do Papa, seus “hermanos argentinos”. E que a JMJ tenha
plantado no coração de todos os jovens católicos, que prestigiaram o evento,
mais disposição missionário como fruto da amizade mais profunda com Cristo.