sábado, 16 de setembro de 2017

Arcebispo de Aracaju recebe o Pálio...

Dom João José da Costa, Arcebispo Aracaju E a imposição do pálio


 No majestoso e memorável dia 15 de setembro ano da graça do Senhor de 2017, às dezenove horas e trinta minutos, aconteceu na Catedral metropolitana da Arquidiocese de Aracaju a solene liturgia de imposição do pálio ao Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Aracaju, Dom José João da Costa. Em missa, inicialmente, presidia pelo senhor núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello, concelebrada pelo arcebispo emérito da mesma Arquidiocese, Dom José Palmeira Lessa, por bispos do Regional Nordeste III, de Sergipe e da Bahia, bispos de outros Regionais da CNBB, e sacerdotes da Arquidiocese e de tantas outras dioceses, entre as quais as dioceses de Propriá e Estância, numerosa foi a participação e a presença de diáconos, seminaristas, maiores e menores, religiosos, religiosas, leigos, e autoridades civis e políticas. E, sobretudo pela presença maciça do povo de Deus, razão de ser do sentido e da própria eficácia do pastoreio apostólico, foi um dia eclesialmente histórico e marcante para a Igreja particular de Aracaju e de toda a Província Eclesiástica.
Numa definição buscada nas malhas da internet, essa rede inextrincável de conhecimento e fonte de conteúdo em todos os ramos do saber, “o pálio é confeccionado com a lã de dois cordeiros brancos criados pelos monges trapistas. Possui uma volta no centro, a qual descansa nos ombros sobre a gola da casula, tendo duas pontas pendentes, uma anterior e outra posterior, com duas polegadas de largura, por doze de comprimento; de modo que, quando visto da parte dianteira ou traseira, ele se assemelha à letra Y. Para dar mais peso ao pálio, as extremidades das pontas são entrelaçadas com seda preta. É decorado com seis cruzes pretas, uma em cada ponta, uma em cada ombro e uma no peito e outra nas costas. O pálio é guarnecido por três alfinetes de ouro decorado com gemas, chamados espinelos (Spinelli), os quais são fixados em laços existentes nas cruzes do peito, das costas e do ombro esquerdo. Estas duas últimas características parecem ser remanescentes da época em que o pálio romano era um simples cachecol dobrado e fixado no ombro esquerdo”. Geralmente, o pálio é recebido em Roma das mãos do Santo Padre, o Papa, no Vaticano, e colocado por ele mesmo nos ombros do arcebispo durante a celebração eucarística da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Assim, os arcebispos são chamados ali, ad limina Apostolorum Petri et Pauli, aos pés dos Apóstolos Pedro e de Paulo, voltando-se às origens da fonte da fé, em cujo fundamento Cristo edificou a sua Igreja. No entanto, agora, por disposição de sua Santidade, o Papa Francisco, a incumbência da imposição do pálio foi delegada aos núncios apostólicos, embaixadores da Santa Sé e representantes do papa nas várias nações que possuem relações diplomáticas com o Vaticano. Na verdade, a intenção do papa é a de favorecer às comunidades onde os arcebispos exercem o ministério apostólico a possibilidade de participarem, efetivamente, de tão solene e expressiva celebração, visto que pela imposição do e recebimento do pálio, o arcebispo expressa profunda unidade ao Sumo Pontífice Romano pelo cuidado pastoral em relação a todas as dioceses do mundo. Unidade feita de doação generosa, espírito de sacrifício e dedicação amorosa pelo rebanho que lhe fora confiado. Aliás, no pronunciamento do Senhor Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’Aniello, durante a homilia, enfatizou-se o sentido pastoral profundo do múnus episcopal do arcebispo, pois, como afirmado acima, o pálio manifesta sua unidade ao Santo Padre na preocupação por todas as igrejas. Terminada a solenidade da missa festiva de Nossa Senhora das Dores, na Catedral Metropolitana, às vinte e uma horas e vinte minutos, foram apresentados vários discursos de boas vindas e acolhimento ao arcebispo pela oportunidade da imposição do pálio. Inicialmente, apresentou-se o governador do Estado de Sergipe, Jackson Barreto, com palavras e sentimentos efusivos de gratidão a Deus em nome do povo sergipano. Depois, tomou a palavra monsenhor Benjamin da Costa, representante do clero, ensejando ao arcebispo fecundidade no ministério episcopal. Entre outras frases, o monsenhor destacou que o acontecimento revela, de modo singular “ponto de comunhão não somente no território do Estado de Sergipe, mas, também no Brasil e no mundo”, ainda afirmando que “nós sacerdotes manifestamos o nosso apoio e colaboração nos serviços que o senhor desempenha à frente da Arquidiocese de Aracaju”. Em seguida, usaram a palavra outras pessoas, por exemplo, uma em nome dos leigos da Arquidiocese e, outra, em nome do povo da Diocese de Iguatu.
Por fim, tomado de ardor pastoral e profícua consciência apostólica e missionária, o Senhor Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Aracaju, elevou a Deus pensamentos de louvor e gratidão pela empreitada pastoral no contexto do serviço ora confiado e renovado diante dos propósitos e desafios urgentes, mas, de igual modo, serenos da cotidianidade eclesial, mas também política, econômica, social e antropológica por que passa a nação brasileira. Um pastor no meio, “com cheiro de ovelhas”, segundo a expressão do Papa Francisco, destacou o arcebispo em sua preleção. Depois, agradeceu a Deus, ao Núncio Apostólico, proferiu a bênção final, e o diácono, revestido da função de serviço à mesa do altar e da palavra, despediu o povo com todos os presentes. Iniciava, pois, assim, a nova etapa continuada do então Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Aracaju, Dom João José da Costa.