Mãe, Eterna Juventude!

                                MÃE, ETERNA JUVENTUDE

                                                 

Bem que ela poderia cristalizar-se no tempo de sua eterna juventude! Mãe, eterna juventude. Quem dera! Quem dera que as lágrimas não fizessem sulcos no rosto juvenil de seu amor incondicional. Quem dera que os filhos já grandes lhe demonstrassem mais afeto e menos preocupação! Quem dera que o sorriso estampado em seu rosto não fosse para esconder as dores e os sofrimentos de suas labutas quotidianas, diárias!

Quem não gostaria de contemplar sempre o rosto materno e juvenil de sua mãe? Que o tempo parasse o envelhecimento de suas rugas? Que não encanecessem os fios longos de seus cabelos negros caídos sobre os ombros? Que fossem aparadas em taças de cristal todas as suas lágrimas doídas e sofridas pelos aborrecimentos de filhos teimosos e até ingratos? Mãe, eterna juventude, como na imagem daquela jovem Senhora com o Filho tão grande depositado nos braços, esperança da humanidade, aparentemente tombado ao ser descido da cruz.

Foram, então, perguntar ao autor da obra – La Pietà – a razão de tão jovem Senhora, com semblante suave e doce de menina crescida, sustentando o Filho tão avantajado. E o artista, com encanto e poesia, teria respondido de modo solene e enfático: “Para o filho, a mãe nunca envelhece!”. E não é verdade que é mesmo assim que gostaríamos de ter a nossa mãe, para quem, de igual modo, os filhos também não parecem crescer ou envelhecer jamais? Mas mãe é sempre mãe! Não importa a idade! Não importam os detalhes acumulados no rosto ferido e desgastado pelo tempo, sinalizando maturidade e sabedoria, fortaleza e coragem, doação e sacrifício perene, resistência e determinação indômita.

Mãe, “amor incondicional”. Livro aberto de lições variadas, coloridas pela dinâmica própria de sua força e criatividade femininas. Espelho translúcido de amor e doação derramada na existência de seus rebentos hereditários da vida de sua própria substância e essência.

No dia das mães, nosso tributo e nossa gratidão a todas as mães do mundo, especialmente, àquelas que conseguem assumir, na raça de seus sacrifícios mais desafiadores, os riscos de sua maternidade, de sua ternura de mãe, gerando vida, oferecendo amor aos mais vulneráveis de seus rebentos, permitindo que eles desabotoem e rebentem na plenitude da explosão da vida. Parabéns, Mamães!