quarta-feira, 8 de maio de 2013

Se as mães fossem Maria!!

Se as mães fossem Maria 

 

A expressão é tirada de uma bela música do Pe. Zezinho, que enfatiza a importância sublime do comportamento cristão, que tem como modelo a Sagrada Família de Nazaré. Na verdade, tão confusa é a situação familiar hodierna, que o mundo inteiro está encontrando dificuldade para definir o autêntico sentido e valor da sacralidade da família. Originalmente, a família foi constituída por Deus para que, por meio dela, isto é, pela união carnal entre um homem e uma mulher, a história da humanidade pudesse ganhar fluxo existencial e, assim, continuasse povoando a terra pela geração dos filhos. Mais tarde, essa união, presente em todas as civilizações humanas, foi elevada à dignidade de sacramento por Cristo. 

Desde sempre foi assim e assim será até a consumação dos séculos, mesmo que comportamentos do dito século XXI queiram tentar contradizer a perenidade dos antigos ensinamentos. E, portanto, todas as tentativas de superação desse projeto divino serão fracassadas, como tantas outras que desapareceram do rastro da história da humanidade. Mas o fato é que o Padre Zezinho apresenta-nos uma bela fotografia do que poderia ser a constituição familiar que envolve, especialmente, a figura da mulher, querida por Deus para ser a Mãe de seu divino Filho. Como será que, realmente, estaria, hoje, a humanidade se cada um, conforme as exigências e o dinamismo próprio de seu papel, procurasse espelhar-se na sagrada família? No momento, pensemos em Maria, a mãe de Jesus. 

O mês de maio, de maneira tradicional, imprimiu em sua característica a marca feminina por tudo aquilo que a mulher representa para a sociedade. É o mês de Maria, das mães e das noivas. Todos, atributos indispensáveis à gratidão e ao reconhecimento de que, sem elas, o mundo não teria o brilho que tem nem, a existência, a dimensão ímpar de sua colaboração criativa e materna. Por isso que, na esteira de nossa reflexão, Maria assume um destaque primordial, porque ela é o protótipo, não apenas da mulher santa e obediente à vontade divina, mas também da responsabilidade e do compromisso com as exigências de sua missão materna. O horizonte de graça, que dela emana e se descortina, favorece-nos a compreensão exata do projeto divino criacional e redentor. 

De fato, não é Maria quem refaz o vislumbre totalizante do caos inicial em que a desobediência de Eva nos precipitou? Todavia, ela não o faz sozinha, nem por iniciativa própria. Pelo contrário, recebendo “a sua vocação da boca de um anjo”, como afirmara o papa Bento XVI, ela se joga toda inteira dentro da extensão infinita com que Deus quis e quer reestabelecer sua amizade com as criaturas rebeldes por natureza, mas suscetíveis de participação livre e operosa em seu eterno sonho de amor pela humanidade. 

 

Parabéns a todas as mães que como Maria não temem a grandeza da maternidade, não obstante todos os riscos de sua entrega generosa e fiel à sua própria vocação feminina.