segunda-feira, 5 de março de 2012

Lançamento de "MATAIOLOGIAS, PALAVRAS AO VENTO"

              LANÇAMENTO DO LIVRO: MATAIOLOGIAS, PALAVRAS AO VENTO. 


Aproveito a oportunidade para convidar o meu ilustre leitor para o lançamento de meu livro “Mataiologias, palavras ao vento”. O evento realizar-se-á na Academia Sergipana de Letras, no próximo dia 12, segunda-feira, às 18 horas.


Para tanto, publico parte do Prefácio do livro, feito muito gentilmente pela nossa amiga Ana Maria Medina, da Academia Sergipana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, a quem agradeço o tempo precioso de sua dedicação à leitura de todo o corpo escrito. Eis, portanto, parte de seu texto: “O autor de ‘Mataiologias, palavras ao vento’, não é um neófito na arte de escrever. Mestre em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, já publicou ‘Um olhar sobre o Evangelho de Marcos’, ‘As letras e as palavras na crônica dos pensamentos’, ‘Sinônimo de Mulher, reflexões sobre Maria, a mãe de Jesus’ e ‘Páginas avulsas de Espiritualidade Bíblica’. Sua pena desenvolta é um dos instrumentos de evangelização, e ele tem ciência disso. No primeiro olhar, o título desta obra não mostra a intenção subjacente, mas o escritor apressa-se em explicá-lo, logo na introdução e, ao fazê-lo, recorre a metáforas que enriquecem o anunciado. Na realidade, não são palavras soltas ao vento. No caso em tela, o vento é o veículo do ceifador; é ele que vai semear o verbo, a vida, a esperança.


Jovem de corpo e de alma, o autor conhece a efemeridade da palavra que é jogada nos meios midiáticos, preocupa-se com o suporte da sua escrita e da sua perenidade e deseja que o ‘leitor possa encontrar, ao sopro de cada ideia, a fertilidade construtiva de um pensamento favorável à necessidade de sua busca, de sua permanente curiosidade’. Assim, o Pe. Gilvan Rodrigues reúne essas crônicas, inicialmente publicadas no Correio de Sergipe e no Jornal da Cidade, dando-nos a possibilidade de apreciar a unidade do seu trabalho de pensador e evangelizador.
Os artigos sugerem a preocupação do segador da messe, entendendo que ‘ela é grande e poucos são os operários’. O capítulo inaugural é uma confissão na crença de um Deus de amor que se fez homem, mas que exige uma atitude de entrega, de confiança. Exemplifica, citando ‘Abel, Enoc, Noé, Jacó, Josué’. Fixa-se na figura de, ‘Abraão e da sua fidelidade ao Deus único e verdadeiro’. Adverte o leitor de que ‘a fé exige do crente uma atitude de constante conversão’. No segundo capítulo, convida-nos a refletir sobre o Milagre da Amizade, não a amizade construída em pilares de interesse, de troca, mas a amizade inspirada no coração amoroso de Jesus que nos cobra a humildade, o despojamento do orgulho para que se estabeleça um diálogo com Ele. Ainda, usando essa mesma temática, discorre sobre o tributo a esse sentimento puro de que o Eclesiástico ensina: ‘somente os que temem a Deus terão bons amigos, porque serão semelhantes a Ele’. E, no rastro da reflexão, vai se revelando o homem culto que pontua o seu pensamento em Platão, Pascal, Pietro Rossani, Marconcini, João Paulo II, Bento XVI, entre outros. Adverte sobre as falsas amizades e diz: ‘A verdadeira amizade desconhece fronteiras geográficas, temporais’, porque o verdadeiro amigo revela-se nas noites sombrias da desgraça, da tristeza. Logo, completando o seu pensamento, lembro-me de São Paulo, na Segunda carta aos Tessalonicenses, em que fala sobre a importância da escolha dos amigos.
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O inexpugnável mistério da morte, suas causas e as situações lutuosas, próprias da finitude da vida terrena, também, ocupam o pensamento do autor, que a compara aos políticos: – ‘não conhece pobreza, idade, riqueza, beleza, amizade, prosperidade, feiura, aleijão, demência, finura, cordialidade, etiqueta, corrupção, honestidade, sinceridade nem falsidade’, e conclui reconhecendo que o homem precisa preparar-se para o grande rito de passagem: ‘Na verdade, apenas vivendo bem cada gota do orvalho que escoa na duração de nossa vida, poderemos subsistir bem ao último gesto do viver na plenitude decorrente do morrer’.
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O ensaísta traz no bojo da sua juventude a coragem de se insurgir contra os poderosos. Obstinado, não teme enfrentar assuntos polêmicos, fazendo-o na certeza de que causa um frisson. Ventila assuntos, antes tratados como tabus, entende a necessidade de revelar a posição da Igreja face aos novos comportamentos sociais. Demonstra estar afinado com o seu tempo, não se aliena, discorre sobre temas gerais, sem hipocrisia. Daí a grandeza do livro: a pluralidade de enfoques na unidade da sua espiritualidade.


Como se vê, os textos que compõem a obra não são apenas doutrinários, pelo fato de que o autor analisa os fatos do cotidiano, apresentando uma discreta ironia, um jeito levemente brincalhão, que confere leveza à escrita e a deixa interessante, embora não se afaste dos valores cristãos que são mesmo a razão do seu viver, de ungido do Senhor. Intrépido, não teme o debate, enfrenta-o, como se fosse um cruzado na defesa do Santo Sepulcro.


Ao tratar o fenômeno ‘Justin Bieber’, afina-se com a juventude, o que é salutar. O adolescente do segundo milênio clama por paradigmas, vive uma tremenda inversão de valores, acéfala de líderes de boa formação. O jovem padre aproxima-se para entender a juventude hodierna, o seu púlpito se abre para o discurso dialógico, valioso para a Igreja Militante que reclama uma fé de ações.


O escritor perlustra os clássicos, a Filosofia, a Teologia, não esconde o saber erudito ensaiado no Velho Mundo, deixa vazar em frases e citações a sua formação diferenciada e, até mesmo em alguns dos títulos do ensaio, usa expressões na língua de Virgílio, sem perder a simplicidade, o jeito alegre e descontraído de ser”.


Espero que todos possam prestigiar-nos nesse capítulo de harmonia sincrônica entre o escritor e as penas literárias de seu labor criativo derramado no leve papel de sua inspiração.