segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O Mês da Bíblia !!


O Mês da Bíblia



Aqui no Brasil, para os cristãos católicos, o mês de setembro ficou conhecido como “o mês da Bíblia”. Trata-se, portanto, de um tempo em que todos nós somos convidados a aproximar-nos mais da Palavra de Deus, permitindo que ele transforme nossa vida. 

A Sagrada Escritura não é propriedade de ninguém senão de Deus mesmo que, autorrevelando-se, dá-se a conhecer ao seu povo. Nela, encontramos a “carta magna” do imenso amor misericordioso de Deus que ama as suas criaturas com um amor, escandalosamente incondicional. Assim, a História da Salvação que a Bíblia narra e revela, contém a extraordinariedade do zelo infinito de Deus que procura, de maneira incansável, atingir a obra-prima de toda a sua criação, o homem, diante de quem ele derrama, com generosa e abundante gratuidade, toda a sua complacência. 

Lendo as páginas sagradas ninguém pode permanecer indiferente ao conteúdo do amor divino, como se nada tivesse a ver com a profusão do testemunho amoroso de Deus, que a todo custo procura o homem, tentando e desejando encontrá-lo. Na verdade, a palavra da Bíblia deve ser uma palavra que incomoda. E ela incomoda porque nos coloca diante de nós mesmos, com todas as nossas misérias humanas, espirituais, morais, mas que, ao mesmo tempo, precisam ser alcançadas pela misericórdia e pela graça divinas. E é Cristo, a Palavra por excelência feita carne, quem nos apresenta a consolação de Deus, o Pai Eterno, visto que Ele, com a sua Encarnação, “revela o homem ao próprio homem [...]” (GS, n.22). Mas será que nós conhecemos verdadeiramente a Bíblia? Qual é o nosso relacionamento e diálogo com ela? 

O Papa Bento XVI afirma: “A palavra divina ilumina a existência humana e leva as consciências a reverem em profundidade a própria vida, porque toda a história da humanidade está sob o juízo de Deus: ‘Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, sentar-Se-á, então, no seu trono de glória. Perante Ele reunir-se-ão todas as nações’ (Mt 25,31-32). No nosso tempo, detemo-nos muitas vezes superficialmente no valor do instante que passa, como se fosse irrelevante para o futuro. Diversamente, o Evangelho recorda-nos que cada momento da nossa existência é importante e deve ser vivido intensamente, sabendo que cada um deverá prestar contas da própria vida. [...] Desse modo, é a própria palavra de Deus que nos recorda a necessidade do nosso compromisso no mundo e a nossa responsabilidade diante de Cristo, Senhor da História”. 

Por conseguinte, o caminho de amor à Palavra de Deus deve ser percorrido na consciência ardorosa de que “as Sagradas Escrituras têm o poder de comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus. [Pois, na verdade], toda Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra” (2Tm 3,15-16). De fato, ninguém se perde por seguir a palavra do Senhor, viva e eficaz.